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Revisores do Primeiro Relatório Bienal de Transparência do Brasil apresentam recomendações

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O grupo formado por sete especialistas revisores internacionais habilitados pelo Secretariado da Convenção do Clima finalizou nesta sexta-feira (09) os apontamentos e as recomendações preliminares para o aprimoramento dos próximos Relatórios Bienais de Transparência (BTR) do Brasil. Na quarta-feira (7), o grupo apresentou as análises aos técnicos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da equipe técnica do Inventário Nacional do projeto de cooperação técnica internacional Ciência&Clima.

O processo de revisão internacional, no âmbito do Acordo de Paris, do qual o Brasil participa pela primeira vez, avalia a consistência das informações apresentadas quanto ao monitoramento do progresso da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) e do Inventário Nacional de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa do Primeiro BTR do Brasil, submetido à Convenção do Clima em 13 de dezembro de 2024, em conjunto com o Relatório Nacional de Inventário (NIR2024), das Tabelas Comuns de Reporte (CRTs) e dos Formatos Tabulares Comuns (CTFs).

“Esta foi a primeira vez que o país teve um relatório de transparência revisado. Temos uma boa direção para aprimoramento dos próximos”, avaliou o especialista em transparência climática do MCTI e assessor técnico do projeto Ciência&Clima, Ricardo Araujo.

Segundo ele, o processo de revisão também é relevante para reforçar a importância de apoio técnico e financeiro internacionais para desenvolvimento de capacidades nacionais, de modo que o país tenha condições de fortalecer suas instituições e prover soluções com o objetivo de melhorar o monitoramento das ações climáticas que serão relatadas nas próximas edições.

Fortalecimento de capacidades

De acordo com o Secretariado da UNFCCC, o processo de revisão técnica desempenha um papel fundamental no aprimoramento da qualidade e da consistência dos relatórios, especialmente ajudando os países em desenvolvimento a identificar lacunas técnicas e institucionais e a melhorar a coleta de dados e os sistemas de reporte.

O objetivo é apresentar feedback construtivo e fornecer apoio à capacitação para ajudar a fortalecer as estruturas institucionais e as capacidades técnicas, a fim de permitir que os países acompanhem melhor o progresso de suas NDCs e que possa subsidiar as decisões políticas para atingir suas metas climáticas.

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O processo de revisão apoia a Estrutura de Transparência Aprimorada do Acordo de Paris ao promover a confiabilidade, a transparência e a comparabilidade entre as Partes e, assim, estimula uma maior ambição climática ao permitir que os países estabeleçam metas mais ambiciosas e implementem ações eficazes com base em dados confiáveis e transparentes.

“O BTR permite aos países reunir dados cruciais, identificar onde estão atualmente e quais os caminhos mais efetivos na direção de metas mais ambiciosas”, declarou o secretário-executivo da UNFCCC, Simon Still, em vídeo publicado recentemente pelo grupo de transparência do órgão.

Avaliação

Na avaliação geral, os revisores sinalizaram que o Brasil está fazendo um “bom trabalho” e utilizou “poucos itens de flexibilidade”. “Flexibilidade”, no âmbito do Acordo de Paris, refere-se a provisões que permitem que países em desenvolvimento cumpram suas obrigações de reporte de forma diferenciada, de acordo com suas capacidades nacionais.

Os revisores destacaram ainda que o país submeteu o conjunto completo de documentos de transparência previstos pelo Acordo de Paris dentro do prazo e destacaram que o Inventário Nacional submetido estava com a série histórica completa, que se inicia em 1990 e se estende até 2022, dois anos antes da submissão do relatório.

Na apresentação preliminar, os revisores efetuaram observações, recomendações e encorajamentos. Em alguns casos, indicaram a necessidade de incremento de capacidades institucionais, técnicas e financeiras. As observações são embasadas nas Modalidades, Procedimentos e Diretrizes (MPGs) do Acordo de Paris. O relatório de revisão será publicado no site da UNFCCC.

Para a coordenadora técnica do projeto Ciência&Clima, Renata Grisoli, a revisão técnica por especialistas pode ser considerada um “marco” de todo o esforço para a elaboração do Inventário Nacional, do BTR e no atendimento aos esclarecimentos prestados ao grupo de revisores. “Foi uma oportunidade de os especialistas apresentarem os achados, que devem ser compreendidos como pontos de aprimoramento”, afirmou ao término da sessão.

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Segundo Grisoli, os aprimoramentos demandarão avançar na articulação no âmbito nacional com outras pastas ministeriais e/ou instituições brasileiras provedoras de dados.  “Os países desenvolvidos, que elaboram há muito tempo esses relatórios, mobilizam diversos atores e as recomendações vão se renovando a cada novo ciclo de inventário”, comparou.

No caso do Brasil, conforme os técnicos do MCTI e do projeto, algumas recomendações ao Brasil poderão ser sanadas nos próximos BTRs e outras demandarão mais esforços e tempo para serem implementadas.

“O importante é que o país está demonstrando que está se mobilizando para avançar. Isso é muito positivo”, avaliou Grisoli.

As recomendações dos revisores internacionais poderão contribuir para o acesso a capacitações para implementação dos aprimoramentos e serão discutidas no âmbito do Grupo de Técnico sobre o Inventário Nacional, no âmbito do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima.

Conforme aponta o nome, o relatório de transparência é submetido a cada dois anos à Convenção do Clima. O próximo está previsto para 2026.

Saiba mais

Os Relatórios Bienais de Transparência inauguram uma nova fase no âmbito internacional. Todos os países signatários do Acordo de Paris terão seus documentos revisados por especialistas internacionais no âmbito da UNFCCC. A revisão faz parte dos procedimentos da Estrutura de Transparência Aprimorada, prevista no artigo 13 do Acordo de Paris.

O MCTI coordena a elaboração dos relatórios do Brasil à Convenção do Clima há mais de 20 anos, tendo submetido, além do BTR, quatro Comunicações Nacionais e cinco Relatórios de Atualização Bienal (BURs). Todos os relatórios foram elaborados por meio de cooperação técnica internacional que conta com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e recursos do Fundo Global do Meio Ambiente (GEF).

Acesse o BTR1 do Brasil neste link.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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Jovens pesquisadores brasileiros conquistam premiações na Regeneron ISEF 2025

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Jovens pesquisadores brasileiros foram premiados na Regeneron International Science and Engineering Fair (Isef) 2025, a maior feira de ciência e engenharia pré-universitária do mundo. Este ano, o evento ocorreu entre os dias 10 e 16 de maio em Columbus, Ohio (EUA). Nesta edição, cinco alunos brasileiros foram premiados. A competição distribuiu aproximadamente US$9 milhões em prêmios, incluindo bolsas de estudo, estágios em centros de pesquisa e viagens de campo.

O Brasil enviou uma delegação composta por 28 estudantes, selecionados por feiras científicas nacionais. 15 dos representantes brasileiros garantiram vaga na Regeneron ISEF através da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), que ocorre anualmente em São Paulo, na Universidade de São Paulo (USP). Os outros 13 alunos foram selecionados pela MOSTRATEC (Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia), realizada em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Os trabalhos apresentados pelos brasileiros abordaram  desafios sociais, ambientais e tecnológicos.

A Regeneron International Science and Engineering Fair (Isef) é a mais importante feira internacional de ciências e engenharia voltada para estudantes pré-universitários, realizada anualmente nos Estados Unidos e reunindo jovens talentos de aproximadamente 60 países.

A participação brasileira na ISEF reafirma a relevância das feiras científicas como instrumentos de incentivo à pesquisa na educação básica e de formação de novos talentos. O evento internacional proporciona intercâmbio cultural, networking com cientistas de diversos países e acesso a oportunidades que vão além das fronteiras acadêmicas. Para a maioria dos participantes esta foi a primeira oportunidade de fazer viagem internacional, na qual os estudantes puderam  ter contato com a diversidade cultural e também com a qualidade dos trabalhos.

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“Foi possível ver, no brilho dos olhos e nos discursos das equipes que participaram da ISEF, o quanto essa experiência estimula a continuidade para fazer uma iniciação científica na graduação, para seguir uma carreira científica, para buscar fazer novos trabalhos”, contou a coordenadora-geral de Popularização da Ciência e Tecnologia do MCTI, Luana Bonone.

Para Bonone, a participação de jovens é uma política fundamental para o estímulo à carreira científica, de desenvolvimento de talentos e de construção de talentos.

“É preciso essa fundamentação da educação científica, das ações de popularização da ciência, para poder capturar essas mentes e corações jovens para que contribuam com esse processo de desenvolvimento do Brasil em novas bases tecnológicas”, explicou a coordenadora. “Nossa perspectiva é pensar ações, programas que possam melhor qualificar e impulsionar a participação de equipes brasileiras em competições internacionais, demonstrando o nosso potencial e também melhor nos posicionando num ambiente internacional”, completou.

A delegação da Mostratec-Liberato participou da feira em Ohio com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CTF) e do Conselho Regional dos Técnicos Industriais (CRT-RS). Já a da Febrace viajou com patrocínio da Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil.

Conheça os trabalhos premiados na Regeneron ISEF 2025

Nos Prêmios Principais, categoria que reúne os melhores trabalhos em 22 categorias temáticas, foram contemplados os projetos:

Watreat: membrana biopolimérica para tratamento de água
Prêmio: Environmental Engineering (ENEV) 4th Award: $600 cash award
Alunos: Isabelle de Sousa Battocchio e Miguel Ribeiro da Silva
Orientadores: Heloina Lopes Capistrano e Francisco Augusto Oliveira Santos
Escola: E.E.M.T.I. Marconi Coelho Reis – Cascável – CE
(Credenciado pela FEBRACE)

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Sustainware: alternativa sustentável para a produção de louça cerâmica
Prêmio: Materials Science (MATS) 4th Award: $600 cash award
Aluna: Victoria Zimmer Gomes
Orientadoras: Cínthia Gabriely Zimmer e Suyanne Angie Lunelli Bachmann
Escola: IFRS – Campus Feliz – Feliz – RS
(Credenciado pela FEBRACE)

Já nos Prêmios Especiais, oferecidos por instituições de pesquisa, universidades e organizações científicas internacionais, os trabalhos vencedores foram:

Manganês e metalômica tumoral: uma nova via terapêutica para tumores invasivos
Prêmio: Prêmio Mary Kay Inc. $750
Aluna: Carolina de Araujo Pereira da Silva
Orientadoras: Mariana Paranhos Stelling e Juliana do Carmo Godinho
Escola: IFRJ – Campus Rio de Janeiro – Rio de Janeiro – RJ (São João de Meriti)
(Credenciado pela FEBRACE)

Pele Artificial Destinada A Regeneração Celular e Tratamento de Queimaduras
Prêmio: Prêmio Mary Kay Inc. $750
Aluna: Sofia Mota Nunes
Orientador: Carlos Fonseca Sampaio
Escola: Escola Santa Teresinha – Imperatriz – MA
(Credenciado pela MOSTRATEC)

Potencial antimicrobiano do extrato hidroalcoólico da Myracrodruon urundeuva (aroeira)
Prêmio: Qatar Research, Development, and Innovation Council (QRID) – $500
Alunos: Gabriel Lopes Fernandes Filho, Otávio da Costa Nogueira e Rita Izabely Lopes da Costa
Orientadores: Michael Pratini Silva de Souza e Douglas Arenhart França
Escola: E.E. Prof. Abel Freire Coelho – Mossoró – RN
(Credenciado pela FEBRACE)

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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