Search
Close this search box.
CUIABÁ
Search
Close this search box.

POLITÍCA NACIONAL

Câmara aprova projeto que cria certificação para produção de lítio

Publicados

POLITÍCA NACIONAL

A Câmara dos Deputados aprovou proposta que cria um sistema de certificação voluntária para o “lítio verde” no Brasil. O Projeto de Lei 2809/23, da deputada Adriana Ventura (Novo-SP) e outros, seguirá para o Senado.

O lítio é um mineral essencial para produção de baterias de celulares e carros, ligas metálicas e fármacos, entre outras aplicações. O lítio verde é o produzido com a menor emissão de carbono ou rejeitos na natureza.

O projeto permite que empreendimentos certificados como produtores de lítio verde utilizem a certificação em ações de marketing e estratégias comerciais. A emissão, a renovação e o cancelamento do certificado será feita por regulamentação posterior do Poder Executivo.

Os critérios para certificação seguirão diretrizes como a adoção de medidas de compensação, mitigação ou neutralização de emissões de gases de efeito estufa e uso majoritário de energias renováveis da extração do lítio.

O certificado poderá ser emitido por projeto ou por empreendimento produtivo. A empresa certificada deverá manter na internet os dados relativos à certificação e à produção do mineral.

Os deputados rejeitaram mudança feita pela Comissão de Minas e Energia para criar o Sistema Brasileiro de Certificação do Lítio (SBCL).

Leia Também:  Comissão aprova possibilidade de exame psicológico admissional conforme a natureza do emprego

Transição sustentável
O relator, deputado Gilberto Abramo (Republicanos-MG), afirmou que a certificação voluntária visa incentivar as empresas a adotarem práticas sustentáveis e eficientes, promovendo a redução das emissões de carbono e garantindo que a transição para veículos elétricos e energias renováveis seja sustentável. “A certificação voluntária ajuda a estimular a inovação, aumentar a transparência e responsabilidade corporativa, e contribui para a adesão a metas ambientais e climáticas mais amplas”, disse.

Abramo ressaltou que o texto também busca impulsionar a produção e a exportação de lítio no Brasil, contribuindo para a sustentabilidade ambiental e a competitividade do País no setor mineral.

A leitura em Plenário do parecer sobre o projeto foi feita pelo deputado Coronel Assis (União-MT).

Já a autora da proposta, Adriana Ventura, afirmou que o texto aprovado traz atributos ambientais a partir de instrumentos do mercado econômico para que este fique sustentável. “Hoje temos reservas em Minas Gerais e precisamos trazer luz para ver quem pode ser certificado ou não”, disse.

Segundo ela, o objetivo da proposta é que o País avance de maneira voluntária, sem intervenção estatal para não interromper a inovação. “A partir do momento em que há um Estado interventor em cima, a inovação vai para o ralo”, afirmou.

Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
Discussão e votação de propostas legislativas. Dep. Coronel Assis (UNIÃO - MT)
Coronel Assis leu o relatório sobre o projeto

Leia Também:  Comissão aprova multa para cobrança de tarifa bancária de organizações sociais

Críticas
Para o deputado Tarcísio Motta (Psol-RJ), o projeto é bom de marketing e de apresentar uma grande propaganda de formas sustentáveis de explorar o lítio, mas não entra no cerne da questão. “Não há sistema de monitoramento contínuo, não há auditoria independente, critérios claros para diminuição de emissão de gases de efeito estufa”, criticou.

Motta afirmou que a proposta é uma medida de greenwashing, termo usado para falar sobre estratégia de marketing que promove produtos ou serviços como sustentáveis, sem que isso seja verdade.

Para a deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS), um projeto sem certificação dos critérios do lítio verde pode servir para greenwashing. “Todos sabemos que a mineração e o processamento do lítio têm significativa pegada de emissão de carbono e graves impactos socioambientais. Um selo sem rigor não pode ser o nosso cheque em branco”, afirmou.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Câmara dos Deputados

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

POLITÍCA NACIONAL

Comissão aprova projeto de unificação de protocolos de atendimento pré-natal no País

Publicados

em

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3981/23, que deixa claro no Estatuto da Criança e do Adolescente que todos os estabelecimentos e profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) devem seguir os protocolos de pré-natal formulados, revisados e atualizados pelo Ministério da Saúde.

A utilização padronizada de protocolos de abrangência nacional não excluirá a adoção complementar de publicações dos estados e municípios, conforme as particularidades regionais.

A ideia da autora do projeto, deputada Dani Cunha (União-RJ), é implementar, nas unidades de atendimento pré-natal, boas práticas a serem adotadas por todas as equipes de saúde do SUS, sem esquecer a diversidade da população brasileira.

Proteção integral
A relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), recomendou a aprovação da proposta. Ela disse que o texto se alinha com o princípio de proteção integral dos direitos fundamentais da criança e do adolescente, por meio da atenção à saúde da mulher e da gestante.

“O atendimento pré-natal será norteado por padrões mais uniformes, sem prejuízo das ações e especificidades regionais”, declarou Laura Carneiro. “Desse modo, espera-se que seja ampliado o acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher e de acompanhamento reprodutivo no SUS, cujas equipes de atenção primária terão materiais técnicos norteadores de abrangência nacional.”

Leia Também:  Comissão aprova projeto que define regras para o Ministério Público recomendar o cancelamento de eventos

A lei vigente assegura às gestantes nutrição adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do SUS.

Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado agora pelas comissões de Saúde; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Anteriormente, o texto foi aprovado também pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.

Para virar lei, a medida precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA