MULHER
Ato pelo fim da violência de gênero marca encerramento do encontro de gestoras estaduais de políticas para mulheres
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Mulheres que atuam como gestoras estaduais, parlamentares e demais representações políticas participaram de um ato pelo fim da violência contra as mulheres nesta quarta-feira (7) na Câmara dos Deputados. O evento contou com a participação da ministra das Mulheres, Márcia Lopes, e marcou o encerramento do Encontro com Gestoras Estaduais de Políticas para Mulheres, realizado nos dias 6 e 7 de maio em Brasília pelo Ministério das Mulheres.
A ministra Márcia Lopes ressaltou a importância do ato e o referenciou como uma demarcação clara da coragem e ousadia das mulheres. “Sejamos incansáveis nessa grande mobilização nacional para que as mulheres entrem na luta conosco, pois nós somos representantes enquanto agentes públicas, mas na vida, no cotidiano, quem luta, quem expressa esse sofrimento, seja da violência, do descaso ou das discriminações, são as mulheres que estão em suas casas, em suas comunidades, em seus campos de trabalho. É com elas que temos que falar. É para elas que temos que trabalhar”, discorreu a ministra.
A abertura da solenidade foi marcada por uma canção entoada pela representante da Comissão de Defesa e Direitos das Mulheres, deputada federal Célia Xakriabá, em sua língua nativa. Ao final, ela traduziu brevemente o refrão: “Vem aqui, vem aqui mulheres, vem aqui dar bons frutos porque a plantação começa por nós…”.
Inspirada nessa letra, a parlamentar falou da necessidade de se pensar coletivamente, no que chamou de cura da violência. “Não existe receita, nem vacina para curar a violência”, disse. “E quando uma mulher é assassinada, a democracia é assassinada junto com ela. Mas vamos continuar nossa luta porque mesmo com toda violência, cumprimos nossa missão com alegria, porque nós estamos aqui por todas as que se foram, e por aquelas que ainda vão vir, e que não sejam interrompidas”, continuou.
A deputada federal e coordenadora-geral da Secretaria dos Direitos da Mulher, Benedita da Silva, representou as demais parlamentares presentes. “Esse ato representa que lamentavelmente ainda temos que estar soltando a nossa voz para dizer como nós somos violentadas”, resumiu.
Encontro com gestoras estaduais
Tanto no ato político quanto no Encontro com Gestoras Estaduais, a ministra Márcia Lopes reforçou a importância da 5ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, a ser realizada em outubro com participação de mulheres representantes dos 27 estados do país. “Este ano é de Conferências e nós vamos mobilizar todas as mulheres para que nas conferências estaduais, municipais e na nacional possamos reforçar nossa luta incansável contra a violência. Não podemos jamais admitir nenhum tipo de violência, política de gênero, doméstica, patrimonial, qualquer violência que seja”, asseverou.
A ministra também ressaltou junto às gestoras seu interesse de criar órgãos de vigilância socioassistencial, a exemplo dos centros de informação relacionados à saúde que já existem em âmbito dos estados e municípios. “Às vezes, as pessoas ainda não entendem a importância, mas entendo que seja a alma do sistema, pois quando questionarem, por exemplo, quantas mulheres há no estado, quantas são negras, quantas estão desempregadas, quantas sofrem violência, o número de mulheres alfabetas, quantas não têm casa, enfim, podemos ter indicativos de todas as dimensões da vida e utilizar esse instrumento de planejamento, de conhecimento da realidade, para avançarmos na realização de políticas públicas”.
Realizado pela Secretaria Nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política (Senatp), do Ministério das Mulheres, o encontro mobilizou secretárias estaduais e representantes políticas de mulheres de todo o Brasil.
Na abertura do evento, Fátima Cleide, secretária Nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política, falou da importância do encontro, inclusive para que as gestoras possam ter o primeiro contato com a ministra Márcia Lopes. “É um momento para vocês dialogarem, se organizarem nesse primeiro encontro, além de se apresentarem, a ministra quer ouvi-las”, pontuou a secretária.
No âmbito das apresentações, Joci Aguiar, assessora do gabinete da ministra, externou para as gestoras estaduais as ações que o Ministério das Mulheres está desenvolvendo relacionado à questão das emergências climáticas, espaço participativo e sobre a agenda que o órgão está construindo sobre a ótica de gênero para contemplar as mulheres no Plano Nacional do Clima.
Já a secretaria Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados, Rosane da Silva, falou sobre o processo de pactuação com estados e ministérios para compor o Plano Nacional de Cuidados, que o Governo Federal vai executar com o envolvimento de 20 ministérios mediante ações que irão alcançar todos os públicos. “O cuidado precisa ser responsabilidade do Estado, da sociedade e das famílias, com participação dos homens, para que possamos tirar a sobrecarga de trabalho das mulheres”, disse a secretária.
A reunião com as gestoras também abriu espaço para discussões referentes à 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres: mais democracia, mais igualdade e mais conquistas para todas, com participação da Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres, Denise Motta Dau e Viviane Cesario, assessora na Secretaria-Executiva do Ministério das Mulheres. O encontro foi concluído com debates acerca da Atualização Política de Enfrentamento à Violência contra Mulheres e por fim, o ato político pelo fim da violência contra as mulheres.
Fonte: Ministério das Mulheres

MULHER
Prefeitas defendem maior participação de mulheres na política e criação de secretarias da mulher em seus municípios

A ampliação da participação política e em espaços estratégicos de decisão e a criação de secretarias da mulher em cada município foram as principais necessidades ressaltadas pelas prefeitas durante a XXVI Marcha a Brasília em Defesa do Municípios, em Brasília. O encontro foi uma oportunidade para conhecerem as diferentes políticas disponíveis para aplicar em suas cidades e garantir melhor qualidade de vida para as mulheres.
Com estande no evento e plantão de atendimento no edifício sede, o Ministério das Mulheres realizou cerca de 150 atendimentos a gestoras e gestores municipais.
O que querem as prefeitas
A prefeita de Várzea Nova/BA, Daiane Severina, está em seu primeiro mandato à frente do executivo municipal e já ocupou a cadeira de secretária de Ação Social do município. Ela relatou estar planejando as políticas públicas mais adequadas para aplicar em sua cidade. “Estamos abrindo associações comunitárias de mulheres, pensando no Conselho Municipal da Mulher, que é onde vamos lutar para que toda mulher seja vista, reconhecida e tratada com igualdade dentro da sociedade em que a gente vive. O lugar de nós, mulheres, é onde quisermos e cada espaço que conquistamos dia a dia foi com luta, garra e determinação”, disse a prefeita.
A importância de um organismo de políticas para as mulheres nas cidades foi destacada pela vice-prefeita e secretária da Mulher de Aquidabã/SE, Tânia Aragão. “A nossa secretaria foi aprovada recentemente, porque é uma grande necessidade em todos os municípios dar apoio, encorajar a mulher, dizer que ela pode estar onde ela quiser estar. Precisamos dar apoio para que elas tenham uma casa própria, busque seus direitos e possa fazer suas escolhas livremente”, pontuou.
A prefeita de São Sebastião da Amoreira/PR, Lany Gaspar, também reforçou a necessidade de uma secretaria da mulher em cada cidade. “Estamos a caminho da criação da Secretaria da Mulher, já temos equipe formada junto à assistência social, que é hoje o suporte das mulheres em situação de vulnerabilidade. E queremos contar tanto com o governo federal e do estado nessa nossa demanda”, declarou a prefeita.
- Lany Gaspar, prefeita de São Sebastião da Amoreira/PR, Daiane Severina,prefeita de Várzea Nova/BA, e Tânia Aragão, vice-prefeita e secretária da Mulher de Aquidabã/SE.
Política para mulheres e meninas
Na vasta programação da marcha, o estande do Ministério das Mulheres figurou como um espaço estratégico na construção das políticas públicas para mulheres e meninas.
Representatividade – Entre as ações apresentadas está o guia que orienta prefeitos e prefeitas a criarem Secretarias de Políticas para as Mulheres nos municípios. A publicação oferece modelo de lei para criação e implementação de SPMs. Além do guia, o MMulheres oferece, em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), dois cursos de capacitação para estimular maior participação política delas: “O protagonismo das mulheres: passos para a atuação política das mulheres em espaços de poder e decisão” e “Gestão e Implementação de Políticas Públicas e de Organismos de Políticas para as Mulheres”.
Enfrentamento à violência – O programa Mulher Viver sem Violência, que integra a Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, prevê a construção de Casas da Mulher Brasileira e Centros de Referência da Mulher Brasileira. A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 também está neste eixo de ação da pasta. O programa é essencial para o acolhimento, proteção e orientação das mulheres vítimas de violência.
Política de Cuidado – Em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o Ministério das Mulheres trabalha na construção do Plano Nacional de Cuidados, que tem entre seus objetivos garantir o direito ao cuidado e promover a corresponsabilidade social entre homens e mulheres neste trabalho. O ministério também tem incentivado a construção e equipagem de lavanderias públicas. Desta forma, enquanto a “roupa bate”, as mulheres participam de formações e capacitações. A primeira unidade será inaugurada em breve em Caruaru (PE). O equipamento tem mais de 1,4 mil metros² e recebeu cerca de R$ 472 mil do governo federal para a equipagem e atividades formativas nas tematicas de economica feminista e divisão sexual do trabalho.
Igualdade no trabalho – Entre as medidas encabeçadas pelo MMulheres em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego está a implementação da Lei de Igualdade Salarial (Lei nº 14.611/2023) e o lançamento do Guia para Negociação Coletiva da Lei de Igualdade Salarial, que traz reflexões acerca das assimetrias que se manifestam no ambiente de trabalho e como atuar para reduzir as desigualdades.
Foi criado também o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens (Decreto nº 11.514/23), com 81 ações divididas em três eixos: 1) Acesso e ampliação da participação das mulheres no mundo do trabalho; 2) Permanência das mulheres nas atividades laborais; e 3) Ascensão e valorização profissional das mulheres no mundo do trabalho. Outra iniciativa é o Movimento pela Igualdade no Trabalho, que é uma declaração do compromisso de empresas com a promoção da equidade no mundo do trabalho.
O Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça já conta com adesão de mais de 100 empresas comprometidas com boas práticas na cultura organizacional, eliminando barreiras no acesso ao trabalho, na remuneração, ascensão profissional e permanência das mulheres no emprego. Já o Programa Asas para o Futuro, busca ampliar a participação de jovens mulheres entre 15 a 29 anos – especialmente negras e indígenas – em setores estratégicos da economia, como as áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
Há ainda o Curso Mulheres no Mundo do Trabalho, uma formação à distância, disponível na plataforma da Escola Virtual de Governo (EVG), que explora as desigualdades enfrentadas pelas mulheres no trabalho e as formas de superá-las.
Fonte: Ministério das Mulheres
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