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Mães que Transformam: Liderança com propósito na gestão pública
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Neste Dia das Mães, comemorado em 11 de maio, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) presta homenagem a todas as servidoras públicas que exercem com dedicação dois papéis essenciais: o de mães e o de profissionais comprometidas com o serviço público. Mais do que conciliar responsabilidades, essas mulheres mostram que a maternidade pode ser uma escola de liderança, escuta ativa, resiliência, gestão do tempo, capacidade de negociação, resolução de conflitos e de tomada de decisão.
Servidoras públicas em cargos de liderança relatam como a experiência de ser mãe influenciou positivamente sua forma de liderar com senso de coletividade, empatia, propósito e assertividade. Elas ressignificam a maternidade — vista por muitos como obstáculo à ascensão profissional — transformando-a em um impulso para desenvolver novas competências na gestão pública.
Fernanda Costa é uma dessas mães. Aos 41 anos, em meio à transição de um cargo que ocupou por 13 anos, ela foi agraciada com a maternidade. Desde então, vem conciliando com dedicação sua jornada pessoal e profissional. Há quase três anos, ela está à frente da Superintendência Regional de Administração no Estado de Mato Grosso, unidade vinculada à Secretaria de Serviços Compartilhados do MGI.
“A recém-maternidade fortaleceu a empatia e o necessário cuidado que os líderes devem ter sobre as dificuldades que as mulheres e muitos homens enfrentam para gerir, cuidar de suas vidas pessoais e profissionais”, afirma Fernanda. Ela também compartilha como a chegada do pequeno João Fernando, hoje com 3 anos, ampliou sua capacidade de enfrentar o inesperado. “Um dia seu filho está bem e, no outro, quando você tem entregas superimportantes, ele fica muito doente. Isso nos torna mais resilientes a enfrentar desafios inesperados e a lidar emocionalmente com eles”.
Entre os maiores desafios, ela aponta a cobrança que recai sobre mães que lideram. “É difícil não se sentir inferior ou menos líder por não poder dedicar mais horas árduas ao serviço, por não estar em todos os lugares onde esperam que você esteja. Mas agora você tem a responsabilidade e o privilégio de educar, guiar, amar um cidadãozinho que pode fazer mais diferença do que você tenta fazer diariamente”.
Fernanda também reconhece que avanços importantes no apoio à parentalidade vêm sendo construídos no ambiente institucional. Ela menciona o papel do Programa de Gestão de Desempenho (PGD) nesse processo. “O PGD tem auxiliado nossa equipe. Temos uma mãe e um pai que conseguem fazer as mesmas entregas que faziam presencialmente, agora de forma mais flexível, ajustando sua rotina à da família”.
O relato de Fernanda tem muito em comum com a vivência da secretária do Patrimônio da União, Carolina Stuchi, que também percebe como a maternidade influencia sua maneira de liderar e tomar decisões no serviço público. “Tive minhas duas filhas enquanto ocupava cargos de confiança durante os governos Lula 2 e Dilma 1. A maternidade me trouxe um senso de urgência para a resolução dos problemas públicos. O tempo se torna um ativo precioso quando temos que conciliar maternidade e trabalho, aprendemos a gerir melhor nossa agenda, organizar apoios, dividir tarefas, ter objetividade nos encaminhamentos e decisões”.
Carolina destaca que a maternidade traz profundidade à sua atuação no serviço público. “As crianças nos trazem novas perspectivas, nos lembram diariamente do compromisso que devemos ter com a vida das gerações futuras. Temos que ser exemplo, tomar decisões pensando no legado que deixaremos para elas, considerando tanto a integridade da nossa atuação como a preocupação com a produção de políticas públicas efetivas, que ampliam o bem-estar das pessoas”.
Ao falar sobre as habilidades que a maternidade ajuda a desenvolver, a mãe da Luisa e da Julia reconhece os aprendizados, mas sem idealizações. “Melhor gestão do tempo, da agenda, das demandas — embora não romantize isso — quase sempre ser mãe e gestora pública é exaustivo, pois seguimos sobrecarregadas. Às vezes acho que são as habilidades como gestora que me ajudam a dar conta das tarefas como mãe”.
Para ela, um dos maiores esforços é lidar com a tensão entre estar presente nas atividades profissionais e acompanhar de perto o crescimento das duas filhas. “Um dos principais desafios para mim é escolher, diariamente, como conciliar as prioridades do trabalho e as necessidades das minhas filhas, de conciliar o desejo de resolver os problemas do trabalho com urgência e de estar com as minhas filhas, de apoiá-las, de vê-las crescer. Amo conversar com minhas filhas quando chego do trabalho, mas nem sempre dá, porque às vezes tenho que sair tarde ou viajar”.
Nesse contexto, Carolina destaca a importância de estar em um ambiente institucional que compreende e apoia essa vivência. “Certamente, estar num ministério comandado por mulheres e que promove ações de equidade de gênero faz toda a diferença. No MGI, me sinto acolhida e confiante para exercer minhas atividades de forma integrada à maternidade. A cultura é de colaboração, de fornecer os apoios para que haja esse equilíbrio”.
A secretária defende a importância de discutir as múltiplas jornadas das mulheres que lideram, não apenas para valorizar essas trajetórias, mas para abrir caminhos para outras. “Precisamos falar sobre isso, sobre mulheres que lideram, que são mães ou que cuidam de outros familiares. Precisamos refletir sobre desigualdade de gênero, ajudar a pensar mais ações que reduzam as desigualdades na ocupação de cargos de liderança, sermos mulheres que trazem outras mulheres para liderar também”.
Compromisso com a equidade de gênero e o fortalecimento da liderança feminina
O MGI reforça seu compromisso com a promoção da equidade de gênero e com a valorização das servidoras públicas, entre elas aquelas que exercem a maternidade. Ações concretas vêm sendo implementadas para garantir mais inclusão, respeito e oportunidades no serviço público.
A chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do MGI, Daniela Gorayeb, destaca a importância de ampliar a compreensão sobre os cuidados com as novas gerações, por meio de uma abordagem baseada na corresponsabilidade, que envolva toda a sociedade nesse processo. “Precisamos sair de uma lógica de uma maternidade ‘privatizada’ ou de responsabilidade central e quase única das mães para uma prática de cuidado compartilhada com toda a sociedade. Por meio de uma parentalidade mais ampliada, pelo uso de equipamentos públicos e pela existência de uma legislação e normativos que conduzam à igualdade de condições e oportunidades a todas as pessoas. É possível que os cuidados com as novas gerações possam ter um novo significado e potencialidades coletivas, como, por exemplo, o usufruto por mais pessoas dos aprendizados e benefícios que a parentalidade é capaz de gerar”.
Nesse sentido, iniciativas do ministério, como o Programa de Gestão de Desempenho (PGD), têm proporcionado maior flexibilidade na jornada de trabalho, permitindo que mães e pais servidores cuidem de suas famílias sem comprometer a qualidade das entregas profissionais.
Outro avanço importante é o projeto de implementação de Salas de Amamentação. Uma unidade já foi inaugurada no Bloco C da Esplanada dos Ministérios, e estão em andamento ações para a expansão da iniciativa. As salas são estruturadas com equipamentos e mobiliário adequados para garantir conforto, acolhimento e segurança às mães lactantes.
O MGI também é um dos seis órgãos que integram o Comitê Gestor Interministerial do Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens, oficializado pela Portaria Conjunta nº 2, publicada em abril de 2025 e assinada por 11 ministros. O comitê será responsável por acompanhar a execução do plano, avaliar seus resultados e propor melhorias. Entre os principais eixos estão a igualdade de remuneração para trabalho de igual valor, a eliminação de discriminação e assédio no ambiente laboral e a promoção de oportunidades equitativas entre mulheres e homens.
No campo da formação e da valorização das lideranças de mulheres, o ministério vem ampliando a oferta de cursos voltados para o desenvolvimento de servidoras. O programa Formação e Iniciativas Feministas (FIF), da Enap em parceria com o Ministério das Mulheres, tem como objetivo fortalecer a presença de mulheres em posições estratégicas no setor público. A iniciativa promove o letramento de gênero, fomenta a produção de evidências sobre desigualdades e apoia a formulação de políticas públicas baseadas em dados concretos. Mais de 60 jornadas já foram realizadas, com mais de 750 mulheres formadas em cursos de liderança.
A criação do Comitê de Participação Social, Diversidade, Equidade e Inclusão do MGI também reforça esse compromisso. O grupo tem como missão propor, acompanhar e apoiar iniciativas que promovam um ambiente institucional mais justo, diverso e inclusivo. Nesse mesmo eixo, destaca-se o Pacto da Diversidade, Equidade e Inclusão nas Empresas Estatais, que mobiliza as empresas públicas em torno de metas concretas de inclusão e a adesão ao Selo de Igualdade de Gênero e Raça do PNUD, uma metodologia de aplicação mundial em organizações públicas que impulsiona ações e práticas voltadas à promoção da igualdade de oportunidades e de condições de trabalho.
Por fim, o Programa LideraGOV consolida o compromisso com uma liderança pública mais diversa e representativa. A proposta reconhece que a igualdade de gênero em cargos de gestão é essencial para a construção de políticas públicas mais eficazes e para a formação de ambientes de trabalho mais justos e equilibrados. A expectativa é de que, cada vez mais, mulheres ocupem posições estratégicas no Executivo Federal, promovendo uma cultura organizacional mais inclusiva e plural.
Fonte: Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos

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Governo Federal reforça compromisso de proteger usuários de internet e enfrentar ilícitos on-line

Brasília, 22/05/2025 – Durante o 5º Congresso Brasileiro de Internet, em Brasília (DF), representantes do Governo Federal destacaram os avanços e os princípios que norteiam as propostas de responsabilização do ambiente digital. No painel O Que Esperar do Executivo na Regulação Digital, a secretária de Direitos Digitais (Sedigi), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Lílian Cintra de Melo, apresentou uma visão integrada e responsiva às necessidades da sociedade brasileira.
Segundo a secretária, há um diagnóstico claro de que a população sente insegurança crescente em relação ao espaço digital, o que torna urgente a criação de normas que responsabilizem plataformas pelos riscos que seus serviços oferecem. “É difícil confiar nesse espaço. As pessoas não se sentem protegidas. Queremos levar uma internet mais segura para dentro das casas, com foco na prevenção de danos”, afirmou.
De acordo com ela, a proposta do governo está sendo construída com base em diálogo técnico, respeitando a Constituição Federal e as leis já existentes, sem buscar criar normas desconectadas da realidade jurídica brasileira. “Nosso esforço é levar ao digital a mesma lógica de proteção e de prevenção que já temos em outras áreas, fortalecendo a internet como um espaço de inovação, de aprendizado e de desenvolvimento seguro para todos”, concluiu.
Lílian também criticou termos como “conteúdo de terceiro” ou “intermediário”, que, segundo ela, desviam o foco da responsabilidade das plataformas. “Não estamos regulando o usuário, estamos protegendo o usuário. As empresas digitais precisam adotar medidas para mitigar os riscos inerentes aos seus próprios modelos de negócio, como já é previsto no Código de Defesa do Consumidor”, enfatizou.
O secretário de Políticas Digitais, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, João Brant, também participou do debate ao lado de Lílian. Ele apresentou dados de pesquisas recentes, que mostram que 78% da população acredita que as plataformas devem assumir mais responsabilidade no ambiente digital e 60% apoiam a regulação — incluindo uma parcela significativa de pessoas que desaprova o atual governo.
Segurança na pauta
A secretária do MJSP ressaltou que há um apelo claro do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Legislativo atue na construção de uma nova legislação capaz de enfrentar os desafios impostos pelas plataformas digitais. Ela defendeu que o papel do Estado é garantir que os serviços digitais funcionem de forma segura, sobretudo diante de ameaças graves como fraudes, golpes e o abuso sexual infantil on-line — tema que, segundo ela, exige resposta urgente. “A Polícia Federal recebe cerca de 2,7 mil denúncias diárias relacionadas a esse tipo de crime, o que mostra a dimensão do problema”, alertou.
Diálogo democrático
Lílian também destacou o papel do Governo Federal como articulador de um processo regulatório democrático, aberto ao diálogo com o Congresso Nacional, a sociedade civil, os sites e o setor produtivo.
O Executivo, conforme a secretária afirmou, seguirá defendendo uma posição clara, técnica e transparente, com respeito à atuação do Legislativo e do Judiciário. “Estamos construindo uma proposta coerente com o que já existe na nossa legislação, com foco na proteção do cidadão e no funcionamento seguro dos serviços digitais”, ressaltou.
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